sábado, 31 de dezembro de 2016
sábado, 24 de dezembro de 2016
Vinte e Quatro de Dezembro.
domingo, 18 de dezembro de 2016
Dezoito de Dezembro.
que em cima dos gelados
aparecem e que, dobradas
desenham um círculo
perfeito a partir de um
duplo pau de madeira?
Nem a metade a tinhas e
por isso atenta, o inteiro
círculo solar o que sempre se
quer e que, às vezes, já então
sabias, se consegue.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Catorze de Dezembro
Jou.
domingo, 11 de dezembro de 2016
Onze de Dezembro.
Acredito mais e ainda
Naquilo que não pode ser
Dito.
Eis porque o fim disto
Tem este som de in
Acabado.
E é assim que me ape
Lido: desvivo, im
Parado.
Safo-me a nado?
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Trinta de Novembro.
Como é que um tipo que não sabe nadar se mantém à tona de água? Resposta certa: ficando em terra.
Moral da história: não vás ao mar, Tóino!
terça-feira, 29 de novembro de 2016
domingo, 20 de novembro de 2016
Vinte de Novembro.
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
Catorze de Novembro.
Copiar. Não copiar.
Alterne? Tricotomia.
#
Os viúvos aparecem muito nos filmes.
Têm um filho. Ou um cão.
As viúvas aparecem nos poemas.
E morrem quase sempre,
Se giras.
#
A automedicação não se explica.
#
Ainda mais outro jardim?
#
Se no princípio o Verbo não
Tivesse dado o seu consentimento,
Talvez isto não fosse a
Merda que é.
#
Mas, de qualquer forma, obrigado
João Miguel, agora que me
Despeço.
#
Por agora conto cinco.
Acusatórias. Porque nada e
Muito pouco e menos ainda um bom bocado.
Sorrisos e almoços não contam?
#
Fazem chegar-me um bilhete.
"Quanto custa?", pergunto.
Assim estamos.
#
Pacotinhos com sementes,
Aqueles dias. Por saber os meses
Quando, as chuvas
Onde, os cms de distância
Entre.
#
Porque mais pesado
Aguentará esta ponte
O dia de voltar?
#
A vida calma, devia.
Como rio não pára, porém, noto.
Uma pedra - atirem! - para
A fotografia dos círculos
Concêntricos e tal...
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Nove de Novembro.
Trump ganhou, a temperatura mantém-se agradável. Aprendi a fazer capturas de ecrã e domino cada vez mais a floresta das afasias. Cada doente uma, única, árvore.
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Sete de Novembro.
domingo, 6 de novembro de 2016
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Quatro de Novembro.
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
Dois de Novembro.
"Há uma fase na vida em que esta abranda de forma nítida, como se hesitasse entre continuar ou alterar o seu rumo. É possível que nesta fase seja mais fácil o azar vir ao nosso encontro."
Robert Musil
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Dezassete de Outubro.
Condessa de Ségur, A Pousada do Anjo da Guarda.
domingo, 16 de outubro de 2016
Dezasseis de Outubro.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Seis de Outubro.
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
terça-feira, 4 de outubro de 2016
Quatro de Outubro.
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Vinte e Nove de Setembro.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Vinte e Sete de Setembro.
domingo, 18 de setembro de 2016
Dezoito de Setembro.
terça-feira, 6 de setembro de 2016
Seis de Setembro.
Abro a porta:
domingo, 4 de setembro de 2016
Quatro de Setembro.
Riso cristalino? Não, corrijes,
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Vinte e Dois de Agosto.
Corria o ano 94 e tu começavas. Eu tinha começado um ano antes. Sabes, o verbo ajudar é um pouco incerto e aqueles tempos foram excessivos, a factura de um cóccix alheio um pretexto. Sim, a minha preocupação, já então, era com os doentes. Homens, mulheres, então ia a todas. Passaram 22 anos, não terás esquecido.
Viste-me demasiadas coisas?
sábado, 13 de agosto de 2016
Treze de Agosto.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Oito de Agosto.
sábado, 6 de agosto de 2016
Seis de Agosto.
"(...) mas, para uma pessoa que está fora de si, não há nada de mais detestável do que voltar a si."
Thomas Mann, Morte em Veneza.
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Cinco de Agosto.
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Vinte e Nove de Julho
Everything But The Girl. As vezes que me questionei do porquê do grupo se chamar assim. Tão meu não entender a coisa não dita.
Mas hoje percebi.
quarta-feira, 20 de julho de 2016
Vinte de Julho.
quarta-feira, 13 de julho de 2016
Treze de Julho.
'O viajante reconhece o pouco que é seu, descobrindo o muito que não teve nem terá. '
Fala de Marco Polo em 'As Cidades Invisíveis', de Italo Calvino.
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Onze de Julho.
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Um de Julho.
terça-feira, 21 de junho de 2016
Vinte e Um de Junho.
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Vinte de Junho.
segunda-feira, 13 de junho de 2016
domingo, 12 de junho de 2016
Catorze de Junho.
terça-feira, 31 de maio de 2016
Trinta e Um de Maio
segunda-feira, 23 de maio de 2016
(quase) Vinte e Quatro de Maio.
Vinte e Três de Maio.
domingo, 15 de maio de 2016
Catorze de Maio.
sábado, 30 de abril de 2016
Trinta de Abril.
Voltei ao silêncio. Que não à ausência de ruído. Ainda agora um camionista me disse bom--dia, directamente da vci.
Morei já em tantas casas, tantas. Morar é ter um registo codificado para onde as cartas vão. Uma rua e um número - ' de polícia' - um andar, se é assim, um lado. E um código, postal. Mas... que cartas?
Levando Cristo a Cruz pelas ruas de Jerusalém pediu ajuda a um sapateiro que lha negou. Amaldiçoado, assim nasceu o 'judeu errante', pois a maldição foi 'nunca pararás'. Esta lenda 'humaniza' o Cristo ao fazer dele, no suplício da Via Sacra, alguém que não perdoa. A etimologia de 'errante' é a mesma de 'erro'. O caminho do errante é uma eterna tentativa de correcçäo. Correcto aquele que corrige. Erra (caminha e caminha) aquele que vive a tentar corrigir.
terça-feira, 26 de abril de 2016
Vinte e Seis de Abril.
Lembro-me de uma conhecida de ocasião me descrever Marco de Canavezes como sendo 'verde, verde, tudo verde'.
Ontem foi o dia da festa. Mas o que vem depois é que importa. Ir até ao Marco é fácil. Embora não fosse o meu objectivo do dia decidi voltar a espreitar a Igreja de Santa Maria, obra de Siza Vieira, até para confirmar que lhe conhecia bem o caminho. Foi fácil encontrá-la. Marco de Canavezes é uma pequena cidade que se desenvolve numa encosta que vê do outro lado a Serra da Aboboreira. Vira as costas ao Rio Tãmega, poderoso afluente do Douro. Junto ao Tãmega ficam as velhas Caldas de Canavezes, em renovação. Portanto, esta terra começou junto ao grande rioo mas depois terá preferido a segurança de uma encosta. O Marco é cidade, bonita ou feia - escolham - em parte por culpa de um autarca que o/a governou 22 anos. A Igreja de Santa Maria é, já disse, fácil de encontrar - não percebo como há três anos passei três quartos de hora à sua procura. Está rodeada pela típica construção cívil apressada portuguesa dos anos 80-90. Não sei se Siza contemplou esta condicionante. Parece que sim. É engraçado o quanto se discutiu o entorno da Casa da Música no Porto, sendo que esta, pela volumetria, sobreviveria bem praticamente a qualquer merda que lhe pusessem à volta.
Mas a verdade é que o Marco tem uma igreja desenhada por um Pritzker e, já agora, lindíssima. Desta vez não entrei. O interior, avanço, é um deslumbramento. O exterior... tem problemas de humidade, reboco, etc. Siza não terá contado com o quanto chove no Marco? Há muitos anos visitei a Batalha e a degradação do revestimento centenário do mosteiro causou-me impressão. Tal a Igreja de Santa Maria, com a diferença de ter apenas vinte anos de construída. Paradoxalmente os edifícios que a rodeiam - os tais de péssima qualidade - parecem melhor conservados. E a serra, claro, essa não tem qualquer imperfeição. As casas de má qualidade criaram uma cidade. Onde a Igreja de Santa Maria parece estar a mais.
E pronto, o meu 'dia depois da festa' fez-me pensar nestes 42 anos que passaram, uma estranha mistura de Avelino Ferreira Torres e de Siza Vieira. Talvez a solução para este estranho divórcio no coração das gentes esteja algures por aí no virar de uma esquina... que ainda não se virou.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Vinte e Cinco de Abril.
Hoje é o dia certo para não falar de hoje mas de ontem.
Ontem fomos jantar a Ovar. Até aí nada de anormal. Derivei para o Carregal, passei na Cova do Frade na antiga casa dos meus avós paternos, virei à direita no Alto do Saboga e outra vez à direita na casa dos Pescadores. Dá-me um certo prazer a enumeração sucessiva dos lugares e das coisas. Quando somos pequenos o nosso mapa faz-se deles, só depois virão as terras, as cidades, os países. A rua da casa dos Pescadores termina num ziguezague que desce para uma zona esquecida de Ovar onde estão as traseiras de alguns armazéns e fábricas, nomeadamente da antiga Socotil, a fábrica que fazia figuração no filme 'Mudar de Vida' do Paulo Rocha. Avancei um pouco para além do fim do asfalto e estacionei. Se não me engano a Socotil foi construída em terrenos do meu avô. O caminho passou rapidamente a ser de areia: Ovar tem debaixo de si uma praia. À direita escalámos um pouco e entrámos num terreno mal delimitado mas que um espreitar de verde ao fundo confirmava: o pinhal do meu avô começava ali. Que restava dele? Quase nada. Sendo um terreno declarado como 'agrícola' quase no meio de uma cidade, é praticamente 'invendável'. Sendo assim vendeu-se a lenha, mais eucalipto que pinho, sempre era dinheiro.
Caminhávamos em direcção ao verde, aqui e ali jovens eucaliptos e austrálias. No fim uma pequena descida e uma barreira espessa de austrálias marca a transição para o terreno agrícola, onde me lembro de muito milho, e do meu tio António de enxada a dirigir os regos de rega. Ontem não, só um mar de pasto verde até à casa-mãe, até ao poço, até à vacaria, à pocilga. Um ondulado marca onde antes havia caminhos, videiras. Há um, dois anos, eu e o meu pai visitámos a casa, a parte mais antiga, o piso de baixo, com as paredes corroídas. Fiquei então com a impressão de que a grande casa não iria durar muito mais.
Bom, estava a ficar tarde para o jantar marcado. Engraçado como o pequeno ressalto em que o enxame de austrálias prende me parecia grande quando menino. E as árvores, os pinheiros e os eucaliptos, que altos eram e como faziam grandes os homens que de mãos nos bolsos as mediam com o olhar, o meu avô, o meu pai, os meus tios. Hoje grande serei eu mas não restam árvores para medir com os olhos e me darem paz, paz que eu possa levar de volta, as mãos nos bolsos.
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Dezoito de Abril.
Jantei num centro comercial onde um negro passeava com um chapéu de palha e, por cima deste, uns óculos de sol. Não sei se é correcto logo dizer assim 'um negro'. Talvez pudesse ter começado com 'um louco' ou, melhor ainda, com 'um optimista'. De qualquer das maneiras a sua figura expansiva tomava posse da praça da alimentação.
Por falar em alimentação, precisei de ir comprar alguma à Bertrand, mais concretamente um livro, 'O Bosque', de João Miguel Fernandes Jorge. É uma espécie de diário, já o tinha folheado e dele tirei a ideia para este blogue. Hoje comprei-o. Vai adormecer-me, o que não está fácil. Aqui não há bosque nenhum, vejo tudo bem e claramente entendo. Folheei ainda as obras completas de António Gedeão, procurando o famoso poema do fecho éclair sobre el-rei D.Filipe II, que tinha tudo excepto. Whatever happened ao conhecimento automático antigo de que havia um António Gedeão e era poeta? O Sr.Andrade nunca tinha ouvido falar dele, uma vida SÓ de trabalho para agora gozar o bem bom mas, ai, completamente paralisado do lado direito. Sem o que lhe responder lembrei-me do tal poema, o Sr.Andrade dizia que de mal acontecera-lhe 'tudo'. E a mim de mal hoje não me aconteceu nada!
domingo, 10 de abril de 2016
Dez de Abril.
"Morrer mas devagar!" Diz a história que assim se despediu da vida el-rei D. Sebastião e com ele o seu reino. Esta frase tem-me preenchido os dias. Estou a ler a biografia de D. Sebastião escrita por Maria Augusta Lima Cruz.
segunda-feira, 4 de abril de 2016
Quatro de Abril.
(para a Vera)
'Material obtido por trituração de rochas e utilizado na preparação de betões e na pavimentação de estradas'. O betão é a base. Gosto de pensar que foi pre-esforçado, que não me dá apoio sem experiência prévia. Pre-esforçado é giro. E é preciso o tal do pavimento para o caminho. Enfim, eu não sou esquisito mas, como já disse, viver é acrescentar. Daí a brita. No que diz respeito à tal de Britta, isso é uma outra mas velha história.
domingo, 27 de março de 2016
Vinte e Sete de Março.
quarta-feira, 23 de março de 2016
Vinte e Seis de Março.
domingo, 20 de março de 2016
sexta-feira, 4 de março de 2016
Quatro de Março.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Vinte e Nove de Fevereiro.
Duas perguntas acompanharam-me durante todo o dia. As respostas não tiveram a decência de comparecer ao encontro.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Vinte e Cinco de Fevereiro.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Vinte e Três de Fevereiro.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Dezoito de Fevereiro.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Quinze de Fevereiro.
A luz, e outras coisas, é isto: ou tem-se ou não se tem.
PS.: eu sei que "tem-se" soa merdoso mas...
domingo, 14 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Doze de Fevereiro
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Cinco de Fevereiro.
Levamos, amigo, décadas a falar e a não falar do mesmo. O mesmo tom, as mesmas hesitações, o mesmo entusiasmo, às vezes suicidário. O teu cansaço não é o meu cansaço. A tua derrota não é a minha. Mas não mudaste. Não mudámos. E isto é a primeira e a última, a perene vitória. Embora, hoje por hoje, me pareça que dás mais atenção ao activador do plasminogénio tecidular.
sábado, 30 de janeiro de 2016
Trinta de Janeiro.
Nunca mais chega, nunca mais. Até que, nem cinquenta minutos passados, reparas, e é o fim que chega. Agora acabou, pensas. E recebes a verdade como um soco.