domingo, 18 de setembro de 2016

Dezoito de Setembro.

Estava bom e fazia sol. O tempo ia mudar, sabíamos, mas hoje ainda não. E era o Alvão, o planalto que divide o Norte de Portugal em dois. 

Parámos para almoçar na estação de serviço da auto-estrada. À direita havia ao longe muito terreno ardido. Fomos atendidos num pequeno restaurante e bem, e bem comemos. O destino era Nadir Afonso e comprar vermelhos narizes de palhaço. Para mim também vou comprar, nunca o tive tão claro.
Comíamos. Ali no Alvão sentia-me como que num intervalo. Como foi, como vai ser, como poderia ter sido. A ondulação do terreno somada dava um resultado neutro para norte, para sul... 

Na minha frente, do outro lado do vidro, um jovem pinheiro atirava-se para o Sol, inteiro. Que importava crescer ali no espaço verde dominado de uma estação de serviço. Atirava-se. Um jovem pinheiro não pensa, pensará um mais velho? E, naquele momento, quis muito ser aquele jovem pinheiro.

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