terça-feira, 6 de setembro de 2016

Seis de Setembro.


Abro a porta:
Ao lado um banco de granito.
Sento-me.
 
Amanhã há mais.
 
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Chama-se uma sombra.
Sei como se faz.
 
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A idade um açaimo.
 
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No fundo uma cama, via.
 
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Um desencontro extenso, era.
 
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Desliga-me esta máquina.
 
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Irei ceder ao ínvio folclore?
 
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E para ti uma sanguínea.
 
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Élitros convinham.
 
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O caminho para o silêncio procuro.
Gostava, por ex., de saber
Rumorejar.
Ou de, silente e de bicicleta,
Desaparecer rumo ao ocaso.
 
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Os anos berbequins.
 
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A mais tardia hora foi,
"Agora que penso",
Antes.
 
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Na ponte passam pessoas.
Para umas terá valido
A pena. As outras nada
Dizem ou sou eu que não
Ouço.          Ouço
Obras...
 
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Uma igreja vazia, ergo perfeita.
 
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O uníssono às vezes acontece,
Mas não exageremos.
 
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Idem o simultâneo.
 
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E foi quantas vezes?
Esta.
 
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A expressão determinada.
A comparação determinando.
 
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Era uma película branca: raspar
Ou escrever por cima?
Decidir: uma porta
Giratória.
 
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Era uma loja inconveniente mas
Apenas objecto de
Pequenos furtos.
 
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A bolsa e a vida não cabiam naquela porta.
E ele então escolheu.
 
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Conclama, conclama.
Isto não muda!
 
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Possa poder tudo o que pode.
 
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Apagar os fogos com infusas será a solução?
 
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A fome fonte de enganos? Não,
Ciência exacta!
 
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Ausculto o coração uma e outra vez:
Nenhuma opinião obtenho.
 
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A rua não era íngreme, portanto...
 
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Espancamento. Redução. Isso.
 
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A memória salva-me um pouco.
Como: uma ameaça nunca tem
Perdão.
 
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O entretecido é que nos
Trama.
 
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O amigo mais pontual devia
Receber um prémio.
 
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Diário de uma exclusão, isto.
 
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Mãos sobrevivas.
 
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Como ao betão pré-esforçado
Podiam ter-nos avisado.
 
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A casa na árvore tem uma janela que está
Sempre aberta para todas as coisas boas.
 
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Quando um poema diz "homem" cada dois
Parágrafos começo logo a ficar nervoso:
Lá vem a "A Internacional"a seguir!
 
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E é isto.

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