segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Quinze de Fevereiro.

Ontem foi um dia muito interessante. Fui almoçar a um indiano. Voltei para casa. Semi-deitei-me no peludo que reveste o chão enquanto a minha filha completava um trabalho escolar. Decidi acabar de ler um livro de Alvaro Cunqueiro chamado o "O Ano do Cometa". Este curioso livro de um dos mais conhecidos escritores galegos mistura livremente realidade e fantasia, com absoluta preferência por esta. Está maravilhosamente bem escrito. De vez em quando doia-me o rabo. E às vezes adormecia. Talvez estas pequenas realidades tenham-me indisposto contra o livro de Cunqueiro pois acabei por não o acabar. Ao fim da tarde fomos encadernar o trabalho escolar a um shopping e depois rumámos para Ovar. Parte de Ovar estava às escuras, nomeadamente a parte correspondente às ruas José Falcão e Alexandre Herculano e adjacentes para ocidente e norte. O resto de Ovar tinha a sua iluminação normal, confirmámos. A ausência de iluminação pública e nas casas em parte de um vila dá-lhe um aspecto dicotómico. Em casa dos meus pais acabava-se o - nosso - jantar à luz da vela. Esta ausência de luz é sem apelo: não há gambiarra que se estenda de um lado para o outro a paliar a escuridão. A luz ou tem-se ou não se tem. Vinte minutos depois veio - voltou. Ainda fez uma ameaça de voltar a desaparecer - a luz -  mas foram só dois minutos de suspense. Imagino que esteve uma equipa num posto transformador qualquer a remediar e resolver a situação. E resolveu.

A luz, e outras coisas, é isto: ou tem-se ou não se tem.

PS.: eu sei que "tem-se" soa merdoso mas...

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