quarta-feira, 23 de março de 2016

Vinte e Seis de Março.

Segunda-feira foi um dia razoável. Sustentou-o um doente que me ofereceu a versão contada pela sua mãe do famoso "milagre do sol", que ela terá presenciado. 
Antes de Fátima havia a Cova da Iria. A mãe do meu doente é da Cova da Iria. E aqui vai:


O sol era um sol normal. E depois escureceu. Havia uma figura que se achou que era Nossa Senhora. O escurecer pode ter sido nuvens. E depois veio um brilho enorme e flamejante e começaram a cair pétalas de flores e começou toda a gente a apanhar as pétalas e no regaço as pétalas desfaziam-se em nada, depois acabou tudo, e o resto já nós sabemos. Em Fátima come-se bem.

Dizem os inteligentes que o milagre não consistiu nos efeitos especiais mas sim na convocatória, a Senhora tinha anunciado um sinal e ele veio, enfim.

Que Deus ou uma figura a pairar sobre uma oliveira nos valha é indiferente, desde que haja alguém a quem pedir auxílio.

Nós, os que não acreditamos, sabemos apenas que é sábado e que há ainda e sempre um muro de frio e de chuva e de vento pela frente, neste ano, no próximo e no a seguir.

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