As Divisórias Continentais separam as várias bacias hidrográficas no que diz respeito aos mares para onde correm os rios.
Na Europa estas Divisórias dividem a Europa em duas - com um pequeno rearranjo que o faço eu: o Norte e o Leste da Europa, arroupado pelos rios Reno, Elba, Danúbio, Dniepre e Don, drena para os mares do Norte, Báltico e Negro; que os dois primeiros sejam Atlântico e o último Mediterrâneo não conta para este conto. Para baixo rios como o Ebro, o Ródano e o Pó desenham o Sul Europeu correndo para o Mediterrâneo mesmo. O Oeste drena para o Atlântico "proper": a maioria dos rios franceses e dos rios ibéricos. Eu associaria este Atlântico aberto e glorioso ao Mediterâneo antigo. O Reino Unido aqui não conta para esta equação, nem sendo preciso referendar a coisa. O Volga corre para o Cáspio e já é portanto um "rio sem mar". Um rio Europeu a ensaiar a Ásia logo ali.
Assim vista a Europa divide-se num Sudoeste e num Nordeste. Falta saber se assim é no coração e na mente dos povos.
É dito que o saber não ocupa lugar; mas leva tempo a adquirir. Numa segunda leitura do longo e interessante livro de Claudio Magris que dá pelo nome "Danúbio", aprendo que as nascentes do Danúbio, na Floresta Negra, sofrem à frente, numa zona de karst, um desvio importante do seu caudal para o jovem Reno que corre ali perto. Eis o Norte a alimentar-se das águas do Leste. Assim a Europa?
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