sábado, 23 de janeiro de 2016

Vinte e Três de Janeiro.

"...não tinha nem pés nem cabeça!".

A quinta da Gruta é em Castêlo da Maia. Não sei o que era antes. Tem as mais bonitas camélias à entrada, defendidas por um Smart ali estacionado e um seguranca da Chiron. Depois há uma pérgula sob a qual desce uma escada que dá acesso a uma escola ambiental, uma horta comunitária, duas quadras de ténis, uma piscina, uma cafetaria, um parque infantil e um cercado onde há ovelhas, cabras, patos e gansos. Não tem pés nem cabeça que não se possa passear por entre as pequenas hortas. Nem ter ali dois gansos, dois pobres gansos que, animal territorial como poucos, grasnam ameaçadoramente a todo e qualquer maiato que se aproxime a menos de dez metros. O segurança da Chiron quase se ria ao vigiar a nossa retirada. Fiquei a gostar da quinta da Gruta porque, vendo bem, tem várias coisas sem pés nem cabeça. E tem as camélias mais bonitas que eu vi em anos. 

As coisas sem pés nem cabeça têm preenchido os meus já largos anos. Os pés, os meus, assimétricos, são acessórios não demasiado essenciais. A janela à minha direita permite-me todo o andar que quero. E a cabeça? Highly overrated, if you ask me. Vickie, o pequeno viking, pensava com o nariz. Coisas sem pés nem cabeça, venham, venham! Fico à vossa espera.

Atentamente.

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