Apercebi-me agora que a Liliana morreu.
Foi minha interna geral. E utilizo o termo "minha" porque esse minha, esse tempo, esse lembrar de uma menina boa e brilhante que buscava o seu caminho, não se vai embora. Ela foi minha, a Liliana. Ali, na velha Medicina 3, que se calhar já nem se chamava assim mas era ainda assim que funcionava. E nunca mais nos separámos. Quando, muito de vez em quando, nos víamos, era um silencioso acontecimento. A Liliana era qualquer coisa. E, na realidade, qualquer coisa é-o muito pouca gente. Por isso é que eu não entendo.
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